Conversa de Livraria com os professores Dr. Michel Gherman e Dr. Sergio Alberto Feldman

Conversa de Livraria com os professores Dr. Michel Gherman e Dr. Sergio Alberto Feldman

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A conversa de livraria com os professores Dr. Michel Gherman e Dr. Sergio Alberto Feldman, será seguida de lançamento dos livros:


O não judeu judeu 
(Dr. Michel Gherman) e
As origens do antijudaísmo cristão (Dr. Sergio Alberto Feldman)

 

AUTORES:

 

– Prof. Dr. Michel Gherman, professor do departamento de sociologia da universidade federal do Rio de Janeiro, e do programa de pós-graduação em história social. Na UFRJ também coordena o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos e o laboratório de religião, violência e política. É pesquisador do centro de estudos de sionismo e Israel da Universidade Ben Gurion do Negev, onde recentemente concluiu seu pós-doutoramento e do observatório da Extrema Direita. É doutor em história pela UFRJ e mestre em Antropologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, de onde foi professor convidado. Michel também é coordenador acadêmico do Instituto Brasil Israel. Está lançando o livro: O não judeu judeu.

 

– Prof. Dr. Sergio Alberto Feldman, professor titular do PPGHIS da UFES, graduado na Universidade de Tel Aviv (Israel), tendo realizado mestrado na USP (medieval) e doutorado (Antiguidade Tardia) na UFPR. Autor de alguns livros tal como “Amantes e bastardos: as relações conjugais e extraconjugais na alta nobreza portuguesa […]”, com duas edições; “As obras de Isidoro de Sevilha e a questão judaica” (esgotado); História Medieval (disponível, on line). Tem seu acervo de artigos on line no academia.edu, e também no researchgate. Está lançando o livro: As origens do antijudaísmo cristão.

OBRAS:

O Não Judeu Judeu: A Tentativa de Colonizaçao do Judaismo pelo Bolsonarismo (Editora: Fósforo, 2022 – Formato: 13,7x 19,8, 192 páginas)

Em 2017, manifestantes se reuniram na porta da Hebraica do Rio de Janeiro para protestar contra uma palestra que aconteceria no clube. Do interior, judeus de viés político conservador aguardavam pelo então candidato à presidência e representante máximo da extrema-direita brasileira, Jair Messias Bolsonaro. Num discurso que se tornaria memorioso, o futuro presidente expôs parte da comunidade judaica a uma mistura nefasta de antissemitismo, racismo e confusão histórica — e, ainda assim, foi publicamente ovacionado, ao mesmo tempo que criou uma cisão naquela comunidade. Do lado de fora da Hebraica estava Michel Gherman, professor de sociologia da UFRJ, universidade onde também atua como pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos. Além de se manifestar contra o político, o autor colhia impressões que mais tarde elaboraria neste ensaio, O não judeu judeu: A tentativa de colonização do judaísmo pelo bolsonarismo, incontornável para entender o Brasil atual. Nele, Gherman traça um panorama de como Bolsonaro se infiltrou na comunidade judaica e isolou os judeus de esquerda, manejando a influência que construiu a partir do pensamento reacionário de Olavo de Carvalho. Mesclando experiências religiosas pessoais a episódios históricos dos judeus no país, Gherman apresenta parte desse grupo como um recorte da classe média conservadora que apoiou a barbárie em troca da manutenção de privilégios sociais, entre eles o pertencimento à branquitude brasileira. Das prostitutas polacas, responsáveis pela primeira organização judaica do Brasil, aos judeus combatentes da ditadura militar, entre os quais o emblemático Vladimir Herzog, O não judeu judeu ultrapassa as particularidades do grupo e configura-se como uma análise da sociedade que se deixou enganar pelo discurso fascista de um político de baixo escalão e encontrou o caminho contrário à liberdade pela qual tanto lutou.

As origens do antijudaísmo cristã (Editora Recriar, 2022 – Formato: 14×21, 166 páginas)

Como entender o “ódio visceral” que existe na sociedade ocidental em relação aos judeus? Uma minoria desalojada de seu espaço geográfico que transitou entre outros povos e agrupamentos religiosos, sofrendo discriminação, sendo submetida a legislações restritivas, acusações diversas, sendo ora tolerada, ora acuada, hostilizada e até massacrada. Seriam os judeus, um grupo dotado de malignidade inata, parceiros das forças satânicas e até acusados de deicídio – uma minoria justamente discriminada? Esta acusação, esta temática ainda tão atual, remonta ao período final do denominado “mundo antigo”. O foco da análise do livro é um conceito pela herança da revelação divina, da eleição do agrupamento religioso que propiciaria o processo de redenção da humanidade se consumar. O judaísmo e o cristianismo nasceram num mesmo conjunto religioso e cultural, pretensamente se sentindo herdeiros do pacto de Deus com uma comunidade/agrupamento religioso eleito para esta missão redentora.

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24/03/2023 ● 15:00 to
24/03/2023
 

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