Sábado, dez e meia da manhã e o pessoal começa a chegar para a Conversa de Livraria – Poesia Hoje. Pouco depois das onze horas, com o auditório lotado, são feitas as apresentações e a palavra é passada ao mediador, Tarso de Melo, que revela aos presentes uma ligeira modificação no programa. Os autores convidados falariam de Poesia sim, não exatamente falando de suas experiências pessoais, como anunciado, mas – surpresa! – tendo como mote a poesia de Dalila Teles Veras e a comemoração dos trinta anos da publicação de seu primeiro livro, Lições de Tempo.
Outra surpresa foi a autora receber de presente comemorativo, um exemplar do seu livro Diuturnos, impresso à sua revelia para lançamento nesse dia, com desenhos de Guedo Gallet (Hugo), em embalagem especialmente preparada por Fátima Roque. Conspiração liderada por Luzia Maninha e Cia. Franca e totalmente surpresa, a poeta não teve outra alternativa senão sentar-se junto ao público presente para ouvir a fala, primeiro de Carlos Felipe Moisés que falou sobre a poesia ter nacionalidade ou não, e como isso se evidencia na poesia de Dalila, argumentando que o poeta muitas vezes há que ser como que estrangeiro e ter algum distanciamento para falar de determinados temas, como, por exemplo, de sua terra, de seu povo e suas origens. A conversa transcorreu com leituras de poemas do livro inaugural por várias pessoas presentes.
Como o dia era de surpresas Reynaldo Damazio e Tarso finalizaram com a homenagem a Carlos Felipe Moisés pelos seus 70 anos, discorrendo sobre aspectos do seu trabalho literário. No final, então, deu-se a sessão de autógrafos do livro recém-lançado, acompanhado do habitual coquetel e bate-papo dos amigos.
Rosana Chrispim
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Diuturnos
Dalila Teles Veras
Alpharrabio Edições
Projeto gráfico e diagramação:
Rosana Chrispim, Fátima Roque e Luzia Maninha
Revisão: Rosana Chrispim
Capa: Guedo Gallet e Isabela A. T. Veras
Desenhos: Guedo Gallet
A títular dos textos do blog cedeu , desta feita, a palavra a Rosana, porque a sua, eventualmente, poderia soar cabotina ou tolamente sentimental, sob o peso da emoção vivida e ainda presente. Agradecer (assim, agraciada por mimos e afagos de tantos, vejo que terei de passar a vida a agradecer) a todos os envolvidos nessa conspiração da qual, juro, jamais suspeitei, seria pouco, mas ainda assim o faço, humilde e gratamente o faço (Rosana, Hugo, Fátima, Isabela, Valdecirio, Adriano, Eliane, minha família e todos os amigos que naquela memorável manhã compareceram e me emocionaram com seu chegar). Injusto seria, entretanto, deixar de ressaltar o trabalho titânico, generoso e desprendido de uma pessoa sempre disposta a tudo fazer para servir, doar-se e permanecer invisível (Vila-Matas, se a conhecer, a transformará imediatamente em sua personagem maior), Luzia Maninha, a colaboradora de todas as horas, meu lado B, que jamais assume, mas indubitavelmente, contribuiu/contribui decisivamente, jamais medindo qualquer esforço, para o Alpharrabio ser o que é (e, nessa esteira, eu própria, ser o que sou). A ela, que durante esse período ganhou uma gastrite e muitas noites de insônia, todo o meu aplauso e o melhor e maior agradecimento. dtv